Estamos na era da super-vaidade. Calma... Não estou aqui para criticar ninguém. Eu sou a personificação da vaidade. Faço cauterização duas vezes ao mês, limpo, tonifico e hidrato o meu rosto duas vezes ao dia, uso ácido-contra-marcas-de-expressão desde os 14 anos, já fiz clareamento dentário, plástica no nariz, escova progressiva, fóton hair, escova de chocolate, inúmeras limpezas de pele, peelings, sessões de bronzemanto artificial... E olha que não sou a Hebe Camargo e nem tenho a sua idade. Com o passar dos anos, como certeza vou aderir à novas técnicas da indústria cosmetológica. O que quero dizer é que, assim como eu, o mundo resolveu abrir o jogo: beleza interior o escambal, você viu o novo creme anti-rugas da Lâncome? É isso gente... Cuidar da beleza não é perda de tempo, é terapêutico. Experimente fazer uma drenagem linfática logo após um dia estressante no trabalho... Ou ainda, tome um banho de duas horas com todos os cremes e sais possíveis e imagináveis logo após ter percebido o quão negativa está a sua conta bancária. Quem muito critica o culto a beleza, das duas uma: ou sua aparência não tem mais jeito, ou definitivamente não tem condições de se cuidar nem mesmo com produtos da Avon. Por isso gente, vamos lutar pela preservação da Amazônia. Se não, com quais extratos naturais vamos hidratar os nossos cabelos?
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