
Tem coisa mais insuportável do que aquela gente que vive pregando insistentemente pela qualidade de vida? Aqueles seres que brotam do chão, quando você menos espera, pregando contra o vício do cigarro. “Meu filho, você é tão jovem, pare de fumar! Você está acabando com a sua vida!”. Por acaso eu não sei o quão prejudicial é o meu vício? Ai... Não fode! Ou melhor, fode e me deixa em paz. Talvez esteja me matando aos poucos, talvez também esteja fazendo uma poupança para um futuro câncer, mas e daí? Posso atravessar a rua e morrer atropelado. CES’T LA VIE. Hoje em dia, viver é cancerígeno. Você come frango, tome-lhe câncer, tem uma raiva, olha aí o câncer, respira, CÂNCER. Pelo menos meu vício alivia minha ansiedade. Se eu quiser parar, paro! E olhe que isso não é conversa de viciado não, paro mesmo. Tenho uma força de vontade incomensurável. Uma vez eu consegui, substitui os cigarros por pirulitos, ganhei algumas caries mas parei de fumar, só voltei porque quis. Adoro fumar, adoro segurar um cigarro, adoro! Meu vício não é a nicotina, é o hábito. Como vou esperar por alguém, tranqüilamente, se não estiver fumando? Como vou desopilar quando estiver muito estressado? Como vou digerir o que como sem um cigarro? Não dá...
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