Ah, l'amour...

Maio é o mês das mães, das noivas... Mas, pra mim, Maio é lembrado como o pior período do ano: meu inferno astral. Já disse o quanto acredito em astrologia e toda a influência que os planetas exercem em minha vida. Portanto, não consigo evitar. Do finalzinho de Maio, mais especificamente dia 30, ao dia do meu aniversário, dia 30 de junho, vivo em um limbo emocional que beira à histeria. Sei que é coisa da minha cabeça, mas já estou sofrendo os efeitos colaterais desse fardo anual. Por exemplo, ando tão romântico que até minha avó tem náuseas perto de mim. Eu não sou assim, que fique bem claro. É a influência do cosmos!

Aproveitando o ensejo, ando com uma vontade de dissertar sobre o amor. Não sou muito experiente no assunto, mas já li muito a respeito. Como todos aqueles que não têm vida amorosa, sou um ótimo conselheiro. So... Let’s talk about Love! Truman Capote, um dos meus escritores preferidos, costumava dizer: “O amor? Algo um pouco tolo, uma brincadeira de criança, se quiser, em que cada um brinca de fazer o papel da mãe do outro... Duas pessoas, não. Duas angústias. Dois seres mal acabados que procuram ao lado o que sabem que nunca poderão encontrar...”.

Será? Bom... Eu concordo! Sempre acreditei que qualquer tipo de relacionamento exija uma troca, seja ela qual for. Não existe uma relação desprovida de interesses. Você é bom de cama e eu te faço rir. Você paga minhas contas e eu organizo sua vida. Você me enche de cultura e eu te divirto. Sempre foi assim e sempre será. É um pensamento frio para um dos sentimentos mais sublimes da natureza humana. Mas, pense bem... A “transferência” não precisa ser explícita. Cada um busca no outro o que ainda não encontrou em si. O outro é um espelho embaçado onde a gente só enxerga partes de nós mesmos. Desculpe a filosofia de botequim, mas eu não resisti!