
Dediquei boa parte do meu fim de semana a Marilyn Monroe. Revi alguns clássicos, como Nunca fui santa, Os homens preferem as loiras, Quanto mais quente melhor e Como agarrar um milionário. Conheço um pouco sobre o mito platinado, já li algumas coisas a seu respeito. Por sinal, indico Marilyn: últimas sessões, de Michel Schneider. O livro fala sobre a relação entre a atriz e o último psicanalista que teve antes de morrer, Ralph Greenson. Além disso, o autor vai a fundo e descreve Norma Jeane, ou melhor, Marilyn, como nunca ninguém o fez. Uma diva solitária, mal interpretada e, acreditem ou não, muito inteligente. Sua maior aflição foi nunca ter sido levada a sério como atriz, sempre interpretou a loira burra, sensual e fútil.
Caiu nos braços de Frank Sinatra, Arthur Miller, dos Kennedy... Sim, ela pegou JFK e Bobby, o mais novinho. Além dos famosos, também se entregava a quem quisesse. “Me possua!”, ela dizia ao primeiro estranho que encontrasse pela frente. Maníaco-depressiva, era viciada em bebidas alcoólicas e barbitúricos. Usava seu corpo para não precisar usar as palavras, era tímida demais. Seduzia para provar a si mesma que nunca estaria só, mas sempre acabava optando pela solidão. Tudo o que Marilyn Monroe foi, resultou de uma infância conturbada. Sua mãe era louca, chegou a ser internada em um hospício, e seu pai “desapareceu”. Durante anos, foi abusada sexualmente pelos inúmeros padrastos que passaram pela sua vida. Tornou-se, então, a it girl mais desejada de todo o mundo. Suprindo com holofotes e diamantes o que lhe parecia inalcançável: uma família.
Nos últimos meses, fiz mestrado em Marilyn Monroe. Me apaixonei! Até pretendo fazer uma tatuagem em sua homenagem... Passei a olhar o que existia por trás da maquiagem. Tive pena... Durante toda a sua carreira, foram poucos os dias felizes. Normalmente, estava sempre dopada. Muitos a invejavam e poucos a compreendiam. Assim que foi anunciado o seu suicídio, milhares de mulheres escreveram à Fox, estúdio do qual era contratada. Donas de casa, estudantes, prostitutas, empresárias ou lésbicas, todas elas queriam ter ajudado a atriz se soubessem dos seus problemas. No fundo, Marilyn Monroe não era apenas um objeto de desejo para rapazes, era também uma menina solitária que procurava por atenção.
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