quinta-feira, 15 de março de 2007


Eu sou um consumidor nato, chego a ser compulsivo nessa prática. Muitas vezes me perguntei se não tinha TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), mas aí deixava pra lá e continuava comprando. Sou daqueles que afoga as mágoas estourando o limite do cartão de créditos. Para mim, sempre está faltando alguma coisa, tenho histórias engraçadíssimas do meu consumismo desenfreado. Em meu último emprego, a empresa mais parecia um mercado negro, aí já viu né?! Em tudo que era revistinha, lá estava o meu nome ao lado de vários produtos. A moça das canetas mesmo? Nossa... Adorava me “visitar” no horário do meu expediente. Fora isso... Sou um viciado em compras pela Internet! Existe alguma nomenclatura para tal vício? Enfim... Todos os e-mails que recebo de promoções, saldões, descontos, liquidações e mudanças de estoque me fazem tremer de tanto frenesi, fico louco. Uma vez comprei um ferro de passar, último lançamento da Walita, com detalhes em acrílico azul, semi-profissional e quase um steamer. Sabe por quê? Consumismo, é claro! Eu não passo ferro nem em minhas roupas, não trabalho como camareiro, não havia sido convidado para nenhum chá de casa/chá de panela/chábar e muito menos acompanho os avanços da tecnologia doméstica. Comprei porque achei o tal ferro o máximo e o precinho estava espetacular. Mas assim que me vi com aquele ferro em meu quarto, sem servir nem como utensílio de decoração, chamei a empregada e o entreguei a ela. Doentio? Você ainda não me viu comprando roupas... Sempre estou precisando de um jeans, uma camiseta, uma sunga, um poncho, uma viseira, óculos escuros, botas de esquie, ternos, gravatas, capas de chuva, meias, cintos, chapéus, e por aí vai... Mesmo morando em uma sucursal do Senegal, minha última compra foi um casaco para um frio glacial. Sabe-se lá o que pode acontecer amanhã... De repente posso ir para a Antártida fazer um estudo sobre os efeitos do aquecimento global. Pois é... Sou assim e sou feliz, ao menos quando não tenho recursos para sustentar o meu vício. Quando isso acontece, sou obrigado a apelar para um meio quase ilícito para mim: a conta bancária da minha mãe. E por ser tão assumidamente assim, hoje estou comemorando o meu dia, o dia internacional do consumidor! VIVA!!! Viva a nós consumidores assumidos! Viva a nós que sambamos ao som do barulhinho da caixa registradora... Viva a nós que dependemos do TEF para respirarmos aliviados... Viva as dívidas feitas por uma justa causa: COMPRAR! Viva aos bancos 24 horas, ao Mastercard, ao 13º terceiro, a mesada, ao contra-cheque, aos amigos solidários... Enfim, viva ao consumismo!!!

Nenhum comentário: