
Às vezes é melhor não fuçar muito, você acaba descobrindo o que não quer. Por exemplo, se eu fosse completamente ignorante, toleraria gente burra, música de mau gosto, livros de auto-ajuda, roupas de quinta categoria, programas do SBT e mais uma infinidade de coisas das quais tenho asco. Se eu não tivesse algum conhecimento sobre a situação política do meu país, se não conhecesse a realidade de países mais desenvolvidos e se não entendesse patavina do que os meus candidatos falam, eu simplesmente votaria em qualquer Zé-não-sei-quem. Pouco importa se ele vai roubar até o sertão virar mar e o mar virar sertão, eu não sei de nada mesmo... E o que os olhos não vêem, a mente não capta e o coração não palpita. Portanto meus caros, a ignorância pode ser uma dádiva, principalmente no Brasil Calma... Veja pelo lado positivo... Se você fosse ignorante, não ia precisar gastar o que tem e o que não tem só para comprar alguns livros, não se endividaria para melhorar a qualidade dos programas que os seus filhos assistem na tv e nem perderia tempo procurando no dicionário um sinônimo para uma palavra repetida em sua tese de mestrado. Ao contrário disso, sobraria mais tempo para você comer a sua mulher, arrotar a sua cerveja enquanto vê seu futebol ou rir das lorotas de uma cunhada banguela. Que maravilha hein?! Tudo isso por quê? Porque no Brasil se você quiser ter um mínimo de conhecimento sobre o que acontece a sua volta, você tem que ralar para isso, praticamente lutar. Mas e o que o governo oferece? Nas escolas públicas, escombros, nas bibliotecas municipais, traças, e nos veículos de comunicação populares, bunda, futebol, sangue e muita, muita burrice. Estou tão patriota hoje, não?!
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