terça-feira, 20 de março de 2007

"O importante é o auto-conhecimendo de si própria."




Se não sabe sobre o que estão falando, fique calado! Foi assim que eu aprendi... É melhor ficar atento, aprendendo, do que assassinar o tema discutido. Detesto pessoas que fingem estar por dentro de tudo, e acabam cometendo gafes irreparáveis. Um dia desses, estava comentando sobre o um livro que li, Meu nome não é Johnny, e um espertalhão, que pelo visto nem sabia da existência deste livro, disse adorá-lo. Deixa eu explicar... O romance de não ficção conta a história de um barão do tráfico carioca, que consegue conquistar o mercado europeu com sua cocaína de altíssima qualidade. Ao ser descoberto pela polícia, e obviamente preso, a imprensa marrom passa a chamá-lo de Johnny. Irritado com seu pseudônimo, toda vez que lia uma notícia sobre o seu caso no jornal, o meliante esbravejava: “Meu nome não é Johnny!”. Por isso o título do livro, já que retrata uma história verídica. Mas, para o intelectual de mesa de bar que estava presente quando eu ia começar a narrativa sobre a carreira de João Guilherme Estrela, o Johnny, sua afeição pelo romance de Guilherme Fiuza se deve ao hábito de consumir, e pelo visto em demasia, o whisky Johnnie Walker. Posso? Eu fiquei morrendo de vergonha por ele, quase procurei um buraco no chão para enfiar minha cabeça. O pior de tudo é que ele falava com tanta veemência, como se a sua “estória” fosse a verdadeira. Fiquei tão constrangido, mas tive que corrigi-lo ao contar sobre o que realmente se trata o livro. Em sua ignorância, o imbecil jurava que o romance falava sobre um bebum que consome o tal whisky, assim como ele: “Ah... Esse é o meu livro de cabeceira. Meu nome não é Johnny, hein?! Johnnie Walker!!! Muito bom!!!”. Senhor, perdoai-o, ele não sabe o que diz.

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