Hoje eu engoli uma ameixa inteira, com caroço e tudo. Ela continua entalada em minha garganta, mal consigo respirar. Enfim, continuo vivendo. Assim que acordei dei algumas voltas em torno daquele precipício aqui perto de casa... Como sempre, senti um arrepio na espinha. Não tenho medo de cair, eu sei que nunca vou cair, mas toda vez que vou lá eu entro em pânico. Tudo bem, eu podia nunca mais andar por aquelas bandas, só que a escolha não é minha... É uma forma de castigo, sabe?! Uma vez, eu furei o olho da minha irmã com o lápis. Desde então, minha mãe me obriga a perambular pelo despenhadeiro para que o medo me sirva de lição. Segundo ela, sempre que eu estiver apavorada naquele lugar horrível, eu vou refletir sobre tudo de ruim que eu já fiz. Às vezes, quando sou boazinha, mamãe me libera do meu passeio diário. Mas, em compensação, quando ela está mal humorada, eu sofro o pão que o diabo amassou. É... Nesses dias sou obrigada a dar várias voltas, nas pontas dos pés, em torno do zumbido vermelho (é assim que eu chamo o tal abismo). Ah! Já ia esquecendo, estou quase me livrando dos doces... Aos pouquinhos, eu vou cortando as balas pela metade. Quero acabar de uma vez por todas com esse vício miserável.
sábado, 13 de outubro de 2007
Querido diário,
Hoje eu engoli uma ameixa inteira, com caroço e tudo. Ela continua entalada em minha garganta, mal consigo respirar. Enfim, continuo vivendo. Assim que acordei dei algumas voltas em torno daquele precipício aqui perto de casa... Como sempre, senti um arrepio na espinha. Não tenho medo de cair, eu sei que nunca vou cair, mas toda vez que vou lá eu entro em pânico. Tudo bem, eu podia nunca mais andar por aquelas bandas, só que a escolha não é minha... É uma forma de castigo, sabe?! Uma vez, eu furei o olho da minha irmã com o lápis. Desde então, minha mãe me obriga a perambular pelo despenhadeiro para que o medo me sirva de lição. Segundo ela, sempre que eu estiver apavorada naquele lugar horrível, eu vou refletir sobre tudo de ruim que eu já fiz. Às vezes, quando sou boazinha, mamãe me libera do meu passeio diário. Mas, em compensação, quando ela está mal humorada, eu sofro o pão que o diabo amassou. É... Nesses dias sou obrigada a dar várias voltas, nas pontas dos pés, em torno do zumbido vermelho (é assim que eu chamo o tal abismo). Ah! Já ia esquecendo, estou quase me livrando dos doces... Aos pouquinhos, eu vou cortando as balas pela metade. Quero acabar de uma vez por todas com esse vício miserável.
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Um comentário:
Nossa, beesha... Qual é a desse filme que vc botou no final? Achei ele chaaaaaato pacas! Passou dia desses no corujão da grôbo... hauhauahauahuhauahaa ;D
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