quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mais um pra coleção...


Está cada vez mais difícil parar para escrever aqui. Nesses últimos dias, além de ter congelado de frio, estive imerso em mais uma deliciosa temporada teatral. Não vou descrever as inúmeras peças que vi e muito menos vou discorrer sobre a atual cena teatral brasileira. Isso eu faço day by day em meu trabalho. Prefiro falar sobre temas mais amenos, como as minhas gafes e os meus micos, por exemplo. Apesar de trabalhar com cultura há um bom tempo, não me considero um desses intelectualóides existencialistas. Adoro ler RG Vogue e me divirto com filmes blockbusters. Ah... E que meus colegas de profissão não me leiam, amo musicais! Voltemos aos vexames... Foram muitos, enxeria linhas e linhas, mas prefiro descrever apenas um que eu considero bem engraçado, pelo menos agora.

Estava eu, lépido e faceiro, bordejando pela Praça Roosevelt. Para que não sabe, lá é considerado o reduto do povo da cultura em São Paulo. Resolvemos assistir a uma peça, eu e um amigo. O teatro funciona em um antigo bar, com uma cafeteria no andar de baixo, tudo bem alternativo. Resolvemos tomar um café. A peça começou e nós subimos com as nossas xícaras em mãos. Já consegue imaginar? Pois bem... Logo na primeira cena, quando alguns atores se apalpavam e simulavam uma relação sexual, eu cruzo as pernas. Nada demais, não é? Não seria se o pires da xícara não estivesse apoiado em minhas pernas. Foi um pandemônio. A louça se espatifou no meio do cenário e eu tive um princípio de AVC de tanta vergonha.

Não era um teatro convencional, a platéia, os atores e o cenário ficavam praticamente no mesmo lugar. Justo eu estava sentado quase em cena. MEU DEUS! Que vergonha... Tentei voltar a assistir a peça, mas eu já não conseguia. Minha cabeça ficou dormente e comecei a suar bicas. No meio do espetáculo, boa parte do elenco tirou as roupas e o negócio começou a esquentar. Mesmo assim, eu já não estava lá. Tudo bem que eu não perdi nada, era tudo muito ruim. Pra completar, no final, o ator principal chamou minha atenção na frente de todo mundo. Olhe, fiquei com tanta raiva. Quem aquele atorzinho de segunda pensa que é? Nem lembro da novela que ele fez... Na mesma hora todo o meu constrangimento foi pro beleleu. Foda-se! Não sou eu que deveria me envergonhar de algo. Eu só quebrei um pires, eles encenam aquela porcaria três vezes por semana. Já pensou em uma coisa dessas? É cada uma!

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