sábado, 9 de janeiro de 2010

De olhos bem abertos!


Eu lembro que, uma vez, quando eu fui assistir a “De olhos bem fechados”, fiquei todo orgulhoso porque não pediram a minha identidade no cinema. Eu tinha o quê, uns 16 anos, sei lá, e a censura do filme era de 18 anos. Me senti O adulto! Tudo bem que esse episódio pode ter acontecido por displicência do funcionário que recebeu meu ingresso, pouco importa. Naquela época, por mais novo que eu fosse, me achava mais maduro do que os meus contemporâneos. Sempre andei com pessoas mais velhas, freqüentava lugares onde supostamente não poderia estar e fazia o que a minha idade não me permitia. Aos 13 anos eu comecei a fumar, tomei o meu primeiro porre e experimentei maconha. Já não era mais virgem, by the way. Daí em diante foi uma série de novas e inapropriadas experiências. Hoje, aos 26, me sinto um idoso. Com o perdão da hipérbole, parece que vivi a vida de um cinqüentão. E, como um bom velhote, quero viver mais alguns anos. Por outro lado, às vezes parece que eu não deixei de ser criança. É bom isso, né? Mas é confuso... Por exemplo, tenho me sentido extremamente melancólico e impaciente. VELHO! Mas, ao mesmo tempo, quero fazer tudo aqui e agora. NOVO! Tenho dormido demais, mesmo sem estar trabalhando. VELHO! E não vejo a hora dos meus projetos tomarem forma. NOVO! Parece que estou prestes a convalescer de alguma doença terminal... VELHO! Nem por isso deixei de me masturbar todos os dias!!! ADOLESCENTE!

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